Marcadas para encerrar às 23h59 desta sexta-feira (9), as inscrições do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) foram prorrogadas para o dia 16 de julho. A data foi confirmada pelo Inep (Instituto Nacional de Pesquisas) em nota oficial, diferente do prazo informado pelo Diário Oficial.
Segundo o Inep (Instituto Nacional de Pesquisas), o presidente do órgão, Joaquim Neto, decidiu pelo adiamento do último prazo para atender ao pedido dos governadores dos Estados de Pernambuco e de Alagoas que estavam preocupados com o impacto das chuvas que atingiram o nordeste e destruíram dezenas de escolas.
Para participar, é preciso informar o número do seu CPF (Cadastro de Pessoa Física) no cadastro. Não será permitido usar o documento dos pais ou responsáveis, mesmo que o estudante seja menor de idade.
O sistema tem um mecanismo contra a inscrição irregular de números de CPF, segundo o MEC (Ministério da Educação), que cruza os dados com os da Receita Federal. Alunos que não tiverem o documento podem retirá-lo em qualquer agência dos Correios, do Banco do Brasil ou da Caixa Econômica Federal.
O Enem, que será aplicado nos dias 6 e 7 de novembro, terá 180 questões de múltipla escolha e uma redação. A novidade neste ano é a inclusão de língua estrangeira. No momento da inscrição, o aluno deverá escolher entre o inglês e o espanhol.
O R7 preparou um guia para explicar ao candidato como vai ser a prova.
Até quando eu posso pagar a taxa de inscrição?
A taxa sai por R$ 35 e pode ser paga até o dia 12. Candidatos preocupados com o feriado de 9 de julho em São Paulo podem relaxar - qualquer agência do Banco do Brasil aceita o boleto, que pode ser impresso da internet.
Quem for aluno de escola pública está isento da taxa. Já quem for estudante de escola particular com bolsa ou puder atestar pobreza pode pedir a isenção. Haverá uma edição especial do Enem para presos e internos de unidades como a Fundação Casa.
Como são as inscrições?
Os candidatos devem fazer os pedidos pela internet, pelo site do Inep (www.enem.inep.gov.br) . É necessário preencher um formulário no site informando dados pessoais, como nome, endereço e telefone; o idioma que quer responder na prova (inglês ou espanhol), se o Enem vai valer para certificação do ensino médio e se é necessário atendimento especial (como carteiras adaptadas para pessoas com deficiência).
Alunos de escola pública estão isentos da taxa de inscrição. Já estuda em colégio particular com bolsa ou puder comprovar ser de familia de baixa renda também pode pedir a isenção. Haverá uma edição especial do Enem para presos e internos de unidades como a Fundação Casa.
O cartão que confirma a inscrição vai ser enviado via correio para os candidatos, e pode ser obtido também pela web, através do site do Enem. Ao se inscrever, o estudante preenche o questionário socioeconômico via internet - não haverá mais a necessidade de fazê-lo na hora da prova.
O Enem vai valer para quais faculdades?
A prova substitui ou complementa o vestibular de faculdades federais em todo o país. Ao menos 50 universidades e institutos federais usam o exame de alguma forma - seja assumindo o lugar do vestibular, substituindo a primeira fase ou como parte da nota do processo seletivo. Entre as instituições que não realizam mais vestibular e usam só o Enem estão:
UFSCar (Universidade Federal de São Carlos)
UFMA (Universidade Federal do Maranhão)
Unifal (Universidade Federal de Alfenas)
UFMT (Universidade Federal de Mato Grosso)
UFABC (Universidade Federal do Grande ABC)
UFPel (Universidade Federal de Pelotas)
Veja o mapa de adesão das universidades federais
O número de instuições públicas de ensino superior que participam do programa cresceu, segundo as entidades que representam as universidades estaduais e federais, respectivamente a Abruem e a Andifes. Pelo menos 30 instituições estaduais e municipais vão usar a nota do Enem no vestibular deste ano. Entretanto, só 13 universidades federais substituíram plenamente o vestibular pelo Enem na edição do ano passado.
Vai haver mudança no número de questões?
Não. Será mantido o mesmo número de questões (180) divididas em quatro grandes eixos - linguagens, ciências humanas, ciências da natureza e matemática. Serão dois dias de aplicação da prova, em 6 e 7 de novembro. A data foi escolhida para não coincidir com as eleições.
Em 6 de novembro, serão cobradas 45 questões de ciências da natureza (o que inclui biologia, física e química) e outras 45 de ciências humanas (história, geografia, filosofia e sociologia). A redação vai ser cobrada no domingo, dia 7, junto com outras 90 questões - sendo 45 de matemática e 45 de linguagens (literatura, interpretação de texto e língua estrangeira - inglês espanhol).
A prova começa às 13h nos dois dias, com duração máxima de quatro horas e meia em 6 de novembro (saída às 17h30)e de cinco horas e meia no dia 7 (saída às 18h30).
A dificuldade da prova vai aumentar?
Não. O ministro da Educação, Fernando Haddad, havia ressaltado durante passagem por São Paulo que o exame terá o mesmo nível de dificuldade e conteúdo da última edição.
- A prova terá a mesma matriz de conteúdo do último Enem. Não vai haver mudanças, inclusive no que diz respeito à cobrança de língua estrangeira.
As questões de inglês vão ser incluídas dentro do eixo de linguagens, sem que haja mudança no número de questões.
Quantas chamadas vão ser realizadas?
Ainda não se sabe, mas o Sisu (Sistema de Seleção Unificada) deve ter no máximo duas rodadas, de acordo com o presidente da Andifes, Alan Barbiero.
- O prazo para se matricular na universidade vai ser menor, conforme acertado com o MEC. Não dá para estender tanto o calendário, sob o risco de afetar o ano letivo.
Quando sai o resultado?
As notas devem ser divulgadas em 6 de janeiro, de acordo com a Andifes. A abertura do Sisu deve acontecer logo depois da divulgação dos pontos.
O Enem neste ano vai ter mais segurança?
O presidente do Inep (órgão do ministério responsável pelo Enem), Joaquim Soares Neto, afirmou em reunião com a Andifes e o ministro Fernando Haddad, em abril, que será contratada uma gráfica de segurança máxima para a impressão do Enem. A aplicação do exame terá apoio dos Correios, do Exército e das forças policiais dos Estados.
Questionados sobre o roubo do Enem, o cancelamento da prova e outros problemas como o alto índice de abstenção e o erro na divulgação do gabarito, dirigentes da Andifes e da Abruem reconheceram que a segurança do Enem precisa ser melhorada, mas que, mesmo com todas as dificuldades, a prova foi executada.
- Do ponto de vista operacional, aconteceram problemas, isso é fato. Mas o Enem é um processo em construção, uma boa ideia que pode ser aperfeiçoada.
Fonte: R7
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