O presidente Lula participa da Cúpula de Copenhague, que começou com uma dura advertência da ONU. Foto: Agência Brasil. Para presidente, por causa da proposta brasileira, os outros países começaram a apresentar números. Copenhague. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que, por causa da proposta do Brasil de diminuir as emissões de gases do efeito estufa entre 36,1% e 38,9% até 2020, os demais países começaram a apresentar números para a meta. Lula citou, especificamente, os Estados Unidos e a China. No programa semanal de rádio "Café com o Presidente" que foi ao ar ontem, Lula afirmou ser preciso tomar uma decisão agora e começar a trabalhar para reduzir o aquecimento global. Começou ontem, em Copenhague, na Dinamarca, a Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP-15), maior negociação sobre a questão climática da história. "Obviamente, esse é o tema do momento", disse.
De acordo com Lula, o Brasil está numa situação muito boa porque, de forma voluntária, fez uma proposta para reduzir as emissões de gases. "Essa é uma coisa extremamente importante, é uma proposta extremamente ousada", afirmou. "O Obama apresentou número. Os chineses apresentaram número. Nós achamos que, até chegar Copenhague, os países vão se colocar de acordo porque é preciso ter um número para diminuir as emissões", acrescentou. Lula defendeu ainda o financiamento para o "sequestro de carbono" e para que as nações pobres tenham um desenvolvimento sustentável e sólido. O presidente brasileiro mencionou a questão climática, afirmando que o tema esteve presente na viagem que fez à Europa, onde participou da Cúpula Ibero-Americana, em Portugal, e visitou também a Ucrânia e a Alemanha.
Acordo
A maior conferência sobre o clima da história começou com uma dura advertência das Nações Unidas sobre o risco de desertificação e de elevação do nível das marés e com a garantia dos anfitriões dinamarqueses de que um acordo para lidar com o aquecimento global estava "ao alcance das mãos". O premiê dinamarquês Lars Lokke Rasmussen disse que 110 chefes de Estado e de governo, incluindo o presidente dos EUA, Barack Obama, deveriam comparecer à cúpula que acontece entre 7 e 18 de dezembro. O evento, que também conta com 15 mil delegados de cerca de 190 países, pretende decidir sobre uma ação imediata para reduzir os gases-estufa e prover bilhões de dólares em assistência e tecnologia para as nações mais pobres. A presença de tantos líderes significava "uma oportunidade que o mundo não pode deixar escapar", disse Rasmussen sobre a conferência. E acrescentou: "um acordo está ao alcance das mãos".
Mas as conversações terão de superar a profunda desconfiança entre países ricos e pobres na divisão do fardo de cortar as emissões dos gases-estufa, em especial provenientes da queima de combustíveis fósseis. "O relógio zerou. Após dois anos de negociações, chegou a hora da decisão", disse Yvo de Boer, chefe do Secretariado de Mudança Climática da ONU. Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental afirmou que gases-estufa são perigosos para a saúde, o que permitiria ao governo regular as emissões sem uma ação no Congresso. A partir de agora, Obama poderá regulamentar as emissões de veículos e fábricas. Grupos empresariais dizem que isso afetará a economia nos EUA, que só agora começam a sair da recessão. No entanto, o presidente acredita que uma legislação compreensiva sobre energia é o melhor caminho para combater o aquecimento global.
INTENSIFICAÇÃO DO COMÉRCIO
País deve mostrar mais apoio ao Irã
Brasília. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende ampliar os sinais externos de apoio e solidariedade ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmam diplomatas brasileiros. Segundo eles, a prova disso foi a visita do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, à cidade iraniana de Isfahan, na semana passada, para acertar a visita do presidente ao país. Nas conversas, Celso Amorim definiu a viagem de Lula a Teerã, que deve ocorrer até abril de 2010, e falou do empenho brasileiro em intensificar o comércio e a troca de tecnologias com o Irã. Contrariamente às críticas, os negociadores brasileiros afirmam que não há receio do governo de que a relação do Brasil com o Irã seja utilizada como moeda pelos iranianos para buscar novos espaços no cenário político internacional. A iniciativa de Amorim é uma demonstração de que o Brasil é favorável a uma abertura de diálogo com o Irã. De acordo com os interlocutores de Lula, o governo quer mostrar que apoia o programa nuclear iraniano e o enriquecimento de urânio, desde que com fins pacíficos.
Nos últimos dias, Lula colocou o assunto em pauta em várias conversas bilaterais que manteve com líderes europeus. Segundo os diplomatas, é necessário dar espaço aos iranianos para que demonstrem e provem que sua produção nuclear não precisa ser alvo de suspeitas. O governo iraniano é acusado de ocultar o desenvolvimento de pesquisas e a produção de armas nucleares.
Fonte: Diário do Nordeste Foto: Agência Brasil
De acordo com Lula, o Brasil está numa situação muito boa porque, de forma voluntária, fez uma proposta para reduzir as emissões de gases. "Essa é uma coisa extremamente importante, é uma proposta extremamente ousada", afirmou. "O Obama apresentou número. Os chineses apresentaram número. Nós achamos que, até chegar Copenhague, os países vão se colocar de acordo porque é preciso ter um número para diminuir as emissões", acrescentou. Lula defendeu ainda o financiamento para o "sequestro de carbono" e para que as nações pobres tenham um desenvolvimento sustentável e sólido. O presidente brasileiro mencionou a questão climática, afirmando que o tema esteve presente na viagem que fez à Europa, onde participou da Cúpula Ibero-Americana, em Portugal, e visitou também a Ucrânia e a Alemanha.
Acordo
A maior conferência sobre o clima da história começou com uma dura advertência das Nações Unidas sobre o risco de desertificação e de elevação do nível das marés e com a garantia dos anfitriões dinamarqueses de que um acordo para lidar com o aquecimento global estava "ao alcance das mãos". O premiê dinamarquês Lars Lokke Rasmussen disse que 110 chefes de Estado e de governo, incluindo o presidente dos EUA, Barack Obama, deveriam comparecer à cúpula que acontece entre 7 e 18 de dezembro. O evento, que também conta com 15 mil delegados de cerca de 190 países, pretende decidir sobre uma ação imediata para reduzir os gases-estufa e prover bilhões de dólares em assistência e tecnologia para as nações mais pobres. A presença de tantos líderes significava "uma oportunidade que o mundo não pode deixar escapar", disse Rasmussen sobre a conferência. E acrescentou: "um acordo está ao alcance das mãos".
Mas as conversações terão de superar a profunda desconfiança entre países ricos e pobres na divisão do fardo de cortar as emissões dos gases-estufa, em especial provenientes da queima de combustíveis fósseis. "O relógio zerou. Após dois anos de negociações, chegou a hora da decisão", disse Yvo de Boer, chefe do Secretariado de Mudança Climática da ONU. Nos Estados Unidos, a Agência de Proteção Ambiental afirmou que gases-estufa são perigosos para a saúde, o que permitiria ao governo regular as emissões sem uma ação no Congresso. A partir de agora, Obama poderá regulamentar as emissões de veículos e fábricas. Grupos empresariais dizem que isso afetará a economia nos EUA, que só agora começam a sair da recessão. No entanto, o presidente acredita que uma legislação compreensiva sobre energia é o melhor caminho para combater o aquecimento global.
INTENSIFICAÇÃO DO COMÉRCIO
País deve mostrar mais apoio ao Irã
Brasília. O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende ampliar os sinais externos de apoio e solidariedade ao presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, afirmam diplomatas brasileiros. Segundo eles, a prova disso foi a visita do ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, à cidade iraniana de Isfahan, na semana passada, para acertar a visita do presidente ao país. Nas conversas, Celso Amorim definiu a viagem de Lula a Teerã, que deve ocorrer até abril de 2010, e falou do empenho brasileiro em intensificar o comércio e a troca de tecnologias com o Irã. Contrariamente às críticas, os negociadores brasileiros afirmam que não há receio do governo de que a relação do Brasil com o Irã seja utilizada como moeda pelos iranianos para buscar novos espaços no cenário político internacional. A iniciativa de Amorim é uma demonstração de que o Brasil é favorável a uma abertura de diálogo com o Irã. De acordo com os interlocutores de Lula, o governo quer mostrar que apoia o programa nuclear iraniano e o enriquecimento de urânio, desde que com fins pacíficos.
Nos últimos dias, Lula colocou o assunto em pauta em várias conversas bilaterais que manteve com líderes europeus. Segundo os diplomatas, é necessário dar espaço aos iranianos para que demonstrem e provem que sua produção nuclear não precisa ser alvo de suspeitas. O governo iraniano é acusado de ocultar o desenvolvimento de pesquisas e a produção de armas nucleares.
Fonte: Diário do Nordeste Foto: Agência Brasil
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