sábado, 10 de abril de 2010

Jovem que matou mãe e irmã em Santa Catarina diz ter cometido o crime por ter usado maconha

A faca usada por Gustavo Henrique Waltrick ainda não foi encontrada

Um jovem de 20 anos matou a mãe e a irmã a facadas em Lages, na Serra de Santa Catarina, nesta quinta-feira. O crime aconteceu no sétimo andar do edifício Flamboyant, um condomínio de alto padrão no Centro da cidade. Gustavo Henrique Waltrick foi preso pela Polícia Militar (PM) após ter batido o carro perto do parque ecológico da BR-116.

O jovem confessou o assassinato da mãe, Beatriz Terezinha Tolza de Liz, 46 anos, e da irmã, Ana Júlia Anzolin, 11. A menina — que faria 12 anos no próximo dia 30 —, era portadora da síndrome de down.

A polícia foi informada do crime por volta 19h, quando um vigilante de uma empresa de segurança que fica às margens da BR-116 ligou para a PM. O homem avisou que havia um jovem em frente ao estabelecimento pedindo que a polícia fosse acionada porque ele havia sofrido um sequestro-relâmpago. Seu carro teria sido batido e abandonado pelo sequestrador a cerca de 12 quilômetros da empresa.

Quando os oficiais chegaram ao local, encontraram o carro de Gustavo, um Uno, batido em um barranco na BR-116. Dentro do veículo, havia um revólver calibre 32 com uma munição e outras 36 munições soltas. A polícia desconfiou do sequestro quando encontrou roupas de Gustavo no carro. O jovem, bastante nervoso, teria tido que o sequestrador as roubou de sua casa, onde também teria matado sua família.

Os corpos foram encontrados em um quarto do apartamento por volta das 20h. O jovem acabou confessando o crime, garantindo que não agiu de forma premeditada. Para a polícia, ele disse que sua mãe sempre o incomodava por ele ser viciado em maconha. Naquele dia, ele teria usado a droga e resolveu matar a família.

A equipe que fez a prisão conta que o rapaz falava que queria morrer e até pediu para os policiais que o matassem.

Exames

A faca usada no assassinato ainda não foi encontrada. A polícia investiga se houve a participação de outra pessoa e se a batida do carro não foi forjada pelo garoto.

Gustavo foi autuado em flagrante por homicídio. A polícia poderá pedir um exame toxicológico, para comprovar se o jovem estava sob efeito de drogas, e um de sanidade mental.

A violência do crime chamou a atenção até do delegado Luiz Ângelo Moreira, que atendeu o caso.

— Trabalho há 20 anos com isso e fiquei muito chocado com o assassinato, principalmente por envolver a mãe e uma criança — diz.

O inquérito deve ser concluído em 10 dias. Gustavo foi encaminhado para o Presídio de Lages.

Fonte: Zero Hora

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