A faca usada por Gustavo Henrique Waltrick ainda não foi encontrada
Um jovem de 20 anos matou a mãe e a irmã a facadas em Lages, na Serra de Santa Catarina, nesta quinta-feira. O crime aconteceu no sétimo andar do edifício Flamboyant, um condomínio de alto padrão no Centro da cidade. Gustavo Henrique Waltrick foi preso pela Polícia Militar (PM) após ter batido o carro perto do parque ecológico da BR-116.
O jovem confessou o assassinato da mãe, Beatriz Terezinha Tolza de Liz, 46 anos, e da irmã, Ana Júlia Anzolin, 11. A menina — que faria 12 anos no próximo dia 30 —, era portadora da síndrome de down.
A polícia foi informada do crime por volta 19h, quando um vigilante de uma empresa de segurança que fica às margens da BR-116 ligou para a PM. O homem avisou que havia um jovem em frente ao estabelecimento pedindo que a polícia fosse acionada porque ele havia sofrido um sequestro-relâmpago. Seu carro teria sido batido e abandonado pelo sequestrador a cerca de 12 quilômetros da empresa.
Quando os oficiais chegaram ao local, encontraram o carro de Gustavo, um Uno, batido em um barranco na BR-116. Dentro do veículo, havia um revólver calibre 32 com uma munição e outras 36 munições soltas. A polícia desconfiou do sequestro quando encontrou roupas de Gustavo no carro. O jovem, bastante nervoso, teria tido que o sequestrador as roubou de sua casa, onde também teria matado sua família.
Os corpos foram encontrados em um quarto do apartamento por volta das 20h. O jovem acabou confessando o crime, garantindo que não agiu de forma premeditada. Para a polícia, ele disse que sua mãe sempre o incomodava por ele ser viciado em maconha. Naquele dia, ele teria usado a droga e resolveu matar a família.
A equipe que fez a prisão conta que o rapaz falava que queria morrer e até pediu para os policiais que o matassem.
Exames
A faca usada no assassinato ainda não foi encontrada. A polícia investiga se houve a participação de outra pessoa e se a batida do carro não foi forjada pelo garoto.
Gustavo foi autuado em flagrante por homicídio. A polícia poderá pedir um exame toxicológico, para comprovar se o jovem estava sob efeito de drogas, e um de sanidade mental.
A violência do crime chamou a atenção até do delegado Luiz Ângelo Moreira, que atendeu o caso.
— Trabalho há 20 anos com isso e fiquei muito chocado com o assassinato, principalmente por envolver a mãe e uma criança — diz.
O inquérito deve ser concluído em 10 dias. Gustavo foi encaminhado para o Presídio de Lages.
Fonte: Zero Hora
Nenhum comentário:
Postar um comentário