Segundo o Chefe do Serviço de Transplante de Fígado do HUWC, Dr. José Huygens Parente Garcia, é possível realizar a partição do fígado em até 15% dos casos de transplantes de doadores falecidos. O tipo split possibilitará o aumento no número de transplantes de fígado em crianças, pacientes com maior dificuldade em receber doações desse órgão. Em 2009, o HUWC realizou 82 transplantes de fígado.
Para o Huygens, poderia ter havido mais pacientes transplantados, se a nova modalidade já estivesse em operação no hospital. Em 2010, já foram realizados 33 transplantes de fígado no HUWC.
Ainda no segundo semestre de 2010, o HUWC iniciará transplantes de fígado com doadores vivos. A técnica, que já corresponde a 10% dos transplantes de fígado em São Paulo, também possibilita um maior número de transplantes. Segundo Huygens, “o ideal seria que os transplantes fossem feitos somente a partir de doadores falecidos, mas a população em geral ainda não está totalmente sensibilizada pelas campanhas de doação de órgãos. Muitos pacientes ainda morrem na fila de espera por não haver órgão disponível a tempo”, lamenta.
A doação de um órgão pelo paciente vivo só pode acontecer se este for um adulto saudável. “Os exames para aferir a saúde do doador são feitos com toda a segurança, assim como a cirurgia de transplante”, assegura Huygens. Normalmente, são o pai, a mãe e os irmãos da criança que doam parte do fígado para o parente necessitado. Segundo Huygens, a principal vantagem do transplante com o doador vivo é a escolha do momento ideal para a cirurgia.
“O doador não terá, posteriormente, nenhuma complicação. Ele terá uma vida absolutamente normal. É o segmento esquerdo, portanto não-dominante, do fígado que vai de um adulto para uma criança. Além disso, o fígado é o único órgão do corpo humano que se regenera com facilidade”, justifica.
Fonte: Egídio Serpa
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